Moedas seguras se fortalecem após Rússia ajustar doutrina nuclear
As moedas consideradas seguras apresentavam forte demanda nesta terça-feira, com o dólar, o franco suíço e o iene atraindo compradores depois que a Rússia atualizou sua doutrina nuclear em resposta à escalada do conflito com a Ucrânia.
A Ucrânia usou mísseis ATACMS dos Estados Unidos para atacar o território russo pela primeira vez, segundo Moscou, em um ataque considerado pela Rússia como um grande aumento das hostilidades no milésimo dia da guerra.
Putin aprovou a mudança dias depois que duas autoridades dos EUA e uma fonte familiarizada com a decisão disseram no domingo que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, permitiria que a Ucrânia usasse armas fabricadas nos EUA para atacar profundamente a Rússia.
O índice do dólar DXY, que mede o dólar em relação a uma cesta de moedas, subia 0,1%, para 106,33, depois de atingir um pico de 106,63 na sessão, com o euro EURUSD caindo 0,25%, a 1,0573 dólar.
Mas os movimentos iniciais perderam um pouco de força depois que o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que o país "fará todo o possível" para evitar o início de uma guerra nuclear, ao mesmo tempo em que demonstrou aprovação pela decisão da Alemanha, na segunda-feira, de não fornecer mísseis de longo alcance para a Ucrânia, chamando-a de "uma posição responsável".
Além disso, os EUA disseram que não viram nenhum motivo para ajustar sua própria postura nuclear em resposta.
"Estamos vendo uma reversão após os comentários de Lavrov, e também que os EUA não responderão a essa mudança na doutrina nuclear russa, o que também desempenhou um papel importante para que o sentimento se acalmasse um pouco aqui", disse Erik Bregar, diretor de gestão de risco de câmbio e metais preciosos da Silver Gold Bull em Toronto.
O iene japonês USDJPY se fortalecia 0,43% em relação ao dólar, para 154 por dólar, e subia 0,48%, para 163,07 em relação ao euro EURJPY.
Em relação ao franco suíço USDCHF, o dólar enfraquecia 0,11%, para 0,882.
((Tradução Redação São Paulo))