Força Relativa: Avaliando Desempenho Entre Ativos

A força relativa é um conceito fundamental no mercado financeiro para avaliar o desempenho de um ativo em relação a outro. Em vez de olhar apenas o comportamento isolado de uma ação, comparamos o preço de um ativo (numerador) com o de um benchmark ou outro ativo (denominador), formando um ratio. Por exemplo, a razão PETR4/BOVA11 mostra como a ação da Petrobras performa em relação ao ETF que replica o Ibovespa. Se esse ratio sobe, PETR4 está superando o índice; se cai, está ficando para trás.

A importância do estudo da força relativa foi notada há décadas. Em 1945, H. M. Gartley já mencionava como “velocity statistics” como uma forma de medir a variação percentual de um ativo contra o mercado. A ideia voltou ao foco acadêmico nos anos 1990, quando Jegadeesh e Titman (1993) demonstraram que comprar “winners” (ativos com boa performance relativa recente) e vender “losers” gera retornos significativos nos meses seguintes. Esse conceito de persistência de momentum relativo tornou-se central para gestores e analistas, que buscam superar benchmarks, não apenas obter lucro absoluto.

Além disso, as ferramentas e indicadores de análise técnica que usamos para avaliar um único ativo também podem ser aplicados ao ratio entre dois ativos. Médias móveis, Bollinger Bands,
IFR, MACD e linhas de tendência podem ser empregados diretamente no gráfico do ratio PETR4/BOVA11, por exemplo. Assim, podemos identificar não apenas se o ativo está mais forte ou fraco em relação ao índice, mas também detectar tendências, inversões e potenciais pontos de entrada ou saída baseados em análise técnica.

Em resumo, a força relativa é um pilar da análise moderna: comparamos ativos entre si, aplicamos análise técnica ao ratio resultante e, assim, obtemos insights adicionais sobre a dinâmica do mercado, ganhando mais confiança na tomada de decisões.
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